quarta-feira, 30 de julho de 2008

Deus, a tardezinha no parque!




O Engomadinho estava totalmente alheio e indiferente ao espetáculo de cores a sua volta. Como podia não estar enxergando ??

Eu explico!

Outro dia Deus me presenteou.

Sim enxerguei como poucas vezes sua presença e beleza num por de sol num parque.

Fiz uma breve e despretensiosa caminhada na beira do lago, quando sentindo a brisa suave da tarde que soprava; repentinamente meus olhos foram abertos pra uma outra realidade.

De uma hora pra outra fiquei emocionado quando olhava pra tudo em minha volta.

As pipas no ar, a molecada correndo, os patos no lago, o pipoqueiro, as pessoas conversando animadamente, as mães com as crianças...pensei: - Quanta vida, quanta cor, Deus ta aqui !


Em segundos, lembrei-me de como minha alma ja foi meio criança e simples e em algum momento foi varrida em razão de um sentimento de pseudocomplexidade


Existe uma maneira de descomplicar? Há um caminho de volta a simplicidade?


A tarde no parque me mostrou como Deus é simples.

Ele sempre começa pelo fim.
Em Genesis o dia começa com a tarde e termina com a manhã: " E foi tarde e manhã do primeiro dia"...o sol se põe, mais um dia se inicia.

O fim é o lugar do começo.

Deus está no entardecer.

No parque, no jardim, no lago, no playground,na mesinha de xadrez dos velhinhos,nas manifestações de humanidade da vida, no crepusculo e entardecer da vida.


De repente passei por ele, o sujeito engomadinho estava lá, empoleirado em cima de uma pedra com terno e gravata pretos, pregando pra uma camera um discurso rispido, de cara amarrada ele não percebia a vida de Deus naquela tarde, tava ocupado demais fazendo ameaças de maldições e falando do inferno pra camera, era só olhar e ver que a figurinha destoava absurdamente do cenário do entardecer.



Tive dó de quem iria assisti-lo, a religião é assim mesmo. Indiferente e nada horizontal.


Continuei minha caminhada curtindo aquela brisa de Deus e pedindo que ela soprasse tambem sobre minha alma trazendo luz candente sobre esse meu báu fechado e mofado, brisa reconfortante que refrigera minha psique e interioridade.

Tomara que essa tarde seja um novo dia que se inicia pra mim.

2 comentários:

Giovana Savazzi disse...

Gosto muito dos textos de "outros q vc coloca aqui, mas gosto ainda mais qdo vc escreve.
Estes lapsos q temos em perceber a natureza e as criações do nosso Deus é bom ser colocada no papel ou no PC. Nós a percebemos (pelo menos os sensíveis) e se não anotarmos tudo, estas coisas se vão. Vc disse no texto q entrou em uma outra realidade. Acho q só temos uma realidade: - as coisas que Deus criou, e elas estão aí....as crianças brincando nos parques, o por-do-sol e a lua cheia, a maré cheia e linda e os passaros de cores exoticas....a chuva e até mesmo o temporal são bonitos, tudo isso a olho nú. A gente vê mas não enxerga. Acho q se a gente tivesse sempre esta visão de Deus em tudo viveriamos emocionados. Precisamos de um equilibrio né.
Bjinhos amor.

Will disse...

Maldita Religião, se não tomar cuidado ela rouba-nos a sensibilidade!
Deus lhe abençõe meu querido, ótimo texto, profunda reflexão!
Abraços!
Quando puder visite: www.celebraii.blogspot.com