sábado, 2 de outubro de 2010

Nova História



Tenho passado a maior parte de minha vida recuperando-me daquilo que a Igreja me fez.

Levando minhas filhas a escola pela manhã, encontrei-me com um cara que pertence a antiga denominação onde fui criado.

Não tenho nada contra ele, ele tenta ser simpático, eu também, mas nunca percebi nele esforço nenhum para sermos amigos. E eu fico na minha.

Nessa manhã, após mal me cumprimentar ele disse de longe:

- Você precisa ir lá na nossa igreja !

Respondi qualquer coisa, sei que ele é bem intencionado.
Entrei no carro e no caminho do do meu trabalho, fiquei pensando nas muitas pessoas que conheço (ele talvez não conheça)que se afastaram de Deus em grande parte por causa dessa igreja.

Já fui mais amargo, mas também percebi que naquele momento,que essa tal igreja havia perdido todo o poder que tinha sobre mim: seu ferrão não tinha mais veneno, as reações a essa igreja não existem mais.

Então pensei:

-Ufa, que bom, aquelas amarguras se foram, mas "a que pertenço eu agora?"

E para minha alegria, Lembrei-me que sempre pertenci a Cristo. Meu coração nunca foi da igreja. Sua graça me basta.

Antes, escutava: "vivemos debaixo da graça, não mais debaixo da Lei", e por toda a minha vida nunca consegui entender com clareza a diferença entre as duas coisas.

Desde então, tenho me lançado numa busca para desenterrar as boas novas, limpar as palavras originas do evangelho e descobrir o que a Bíblia realmente quis dizer quando usou termos como amor, graça e compaixão para descrever o próprio caráter de Deus.

É a isso que eu pertenço. Ao evangelho de Cristo.

Decidi não me assossiar mais com fariseus ou caciques gospel.
Decidi me reunir com gente normal para compartilharmos do evangelho.

Com essa morte do legalismo evangélico, confesso que estou cada vez mais entusiasmado com Jesus de nazaré, com as boas novas do REINO de Deus e com o sonho de uma nova história.

Um comentário:

João Paulo Fernandes disse...

Tenho sentido o mesmo! Aliviado!