terça-feira, 18 de setembro de 2007

"Bizarrices evangélicas - 6 (Eu respeito você trouxa !)"


- Tem uns com cara de supersantos que dizem:

"Eu dou ofertas simplesmente pelo ato de dar".

- Sim, trouxa. Ok, trouxa, Eu respeito você, trouxa.-

Falam: "Eu dou ofertas simplesmente porque eu amo a Deus então eu dou e está acabado".

- A Bíblia não manda fazer isso. A Bíblia faz uma analogia da oferta com a semente pra que você entenda que todo agricultor que planta quer colher.

Você deve dar oferta na expectativa que você vai colher.


(Trecho de pregação feita por Silas Malafaia.)

O sol se pôe em Brasilia.




segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Impressões na alma.


Definitivamente não dá pra viver sem espontaneidade.


A formalidade engessa e mata.



E somente o que é espontâneo tem valor.

Conheço muita gente que acha que viver pra Deus é assim com formalidades e sem naturalidade.
Se faltar num culto ja se enchem de culpa. Se sentem mais fracos.

Alias a maioria dos que conheço não conhecem outra maneira de se relacionar com Deus a não ser essa.

Obedecer a Deus deve ser um prazer e não um dever.

O relacionamento com Ele deve ser espontaneo como uma mangueira gerando fruto generoso e natural.


Gestos de obediência sacrificiais que geram dor na alma e violentam a consciencia simplesmente não existem.

Só existe obediência a Deus de fato quando feita com gosto, prazer, mansidão, alegria no coração sem peso nenhum, totalmente em paz, sem pisar nem devorar ninguém.

As pregações da maioria das igrejas, “coisificam” as pessoas induzindo-as a obediência cega por medo do diabo, e subtraindo a humanidade das pessoas e sua espontaneidade.

Tem um monte de gente que acha que está agradando a Deus mesmo que o obedeça por causa do diabo.

Muitas igrejas vivem sem pregar essa graça de Deus, mas sem o diabo ou o inferno, ou as maldições...não dá pra viver, não da ibope, perde-se o domínio sobre as pessoas.

Por isso digo e repito. Sem espotaneidade não dá pra viver.


São as aberrações evangélicas de nossa era, é um limbo religioso, um lost gospel cheio de sincretismos, sim, essas pregações da máfia evangélica que traz mais peso, culpa, fardos e neuroses sobre as pessoas.


Na verdade no evangelho, não existe nada que não seja espontaneo.
Na verdade só entende a proposta de Jesus, quem vive esse estilo de vida cristã profundamente humano com amor e misericórdia e boa vontade.


Isso porque se disser que segue Jesus e não for humano e misericordioso, então não segue Jesus.

E existem muitos que são cristãos e nem sabem. Porque antes de terem seus nomes no rol de membros de igrejas, são misericordiosos.

Quanto tempo tem levado pra eu entender e viver essas coisas.



Jesus mesmo disse que a vida Dele, ninguem tiava, mas Ele resolveu espontaneamente "dar".

As doloridas experiências da vida estão ensinando. E ainda falta muito pra mim. Alias, tudo o que nos faz crescer dói e deixa impressões em nosa alma.

O lance é transformar a dor em crescimento e seguir sem amarguras pela vida, isso sim é uma bem aventurança.

Se isso é impossível? Se é um absurdo?

Então é bem possível na fé. Portanto se é impossível.... é possível!

sábado, 15 de setembro de 2007

DOZE DE SETEMBRO DE 2007

DIA DE VERGONHA, TRISTE E EMBARAÇOSO.


AH... BRASILZINHO MISERÁVEL !!!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

A dor de Deus !


Nossas impressões costumeiras de Deus, podem ser muito diferentes do que a bíblia realmente retrata.


Sim, Deus sente dor. Deus sofre!

A bíblia mostra o poder de Deus forçando Faraó a se ajoelhar e reduzindo o poderoso Nabucodonosor a um lunático ruminante.

Mas também mostra a impotência do poder de criar o que Deus mais deseja: nosso amor.

Você já leu o livro do profeta Oséias? É disso que trata o livro. Da dor de Deus. A dor de amar e não ser amado.
Mó doidera !

Quando seu amor é desprezado, até mesmo Ele, o Senhor do universo sente-se como um cônjuge rejeitado.


É espantoso, não consigo entender, porque Deus que criou tudo o que existe iria se submeter voluntariamente a essa humilhação infligida por suas criaturas?

Como é esse Deus que permite que nossa reação a Ele tenha tamanha importância?

Passei muito tempo da minha vida tentando entender um monte de coisas sobre Ele.

Quando o prendemos em palavras ou conceitos teológicos, e o arquivamos seguindo a ordem alfabética de suas características, quase sempre deixamos escapar a força do relacionamento apaixonado que Ele anseia acima de tudo manter conosco.
Isso dói Nele. Nossa indiferença e ingratidão.

Lendo Oséias, fui forçado a examinar minha vida, e o tipo de amor, ou relacionamento que tenho com Ele.
Sim, a dor de Deus é essa. Ele é pesquisado, debatido, pregado em veementes sermões, estudado e discutido...mas é pouco amado!

Será que prefiro o conforto de um relacionamento infantil com Deus?

Será que apenas “faço uso” Dele? Será que ainda me apego ao legalismo como uma forma de segurança pra conseguir que Deus goste mais de mim?

Será que lá no fundo, meu amor por Ele é estilo “IURD??”condicional, pagão, cheio de barganhas e sacrifícios e birrento como é ensinado lá e em tantas igrejas que seguem o mesmo “modelito”?
É uma troca?

Bom, acredito na verdade que não há perigo maior do que este pra quem escreve, fala e até mesmo pensa sobre Deus. Pra Ele, essas meras abstrações podem ser o mais cruel dos insultos.

Concluo então que Deus não ta nem aí em ser analisado. Acima de tudo como qualquer pai, como qualquer cônjuge, deseja ser amado!

sábado, 8 de setembro de 2007

Silêncio


Não é nenhuma novidade que uma das enfermidades do homem moderno é a superficialidade.

Um homem sem vida interior. Um homem voltado para fora, incapaz de suportar o silêncio, a solitude, o "deserto". É isso que vemos.

De fato, o homem moderno é voltado para fora, para as coisas, para as ações e realizações, para os bens e seu valor material.


Mas esqueceu-se de sua alma.


O silêncio já lhe é insuportável, teme um encontro com sua alma, sem saber o que lhe dizer. Apressa-se, então, a ligar uma televisão,mesmo que não seja para assistir ao programa -, um rádio, o computador. Isso, se não puder sair rapidamente de casa, ir a um shopping cheio de gente, ou, se for crente bem intencionado, visitar algum necessitado, se for só crente irá pra um culto desses beeem barulhentos, "do fogo" e cheio de gente.


Tudo, menos ficar sozinho consigo mesmo.

Pergunto então:
Como se darão, na vida de um cara assim, os processos de arrependimento, perdão ou gratidão, para citar apenas alguns fenômenos centrais da vida cristã .

Sem uma conversa franca com sua alma? Como seremos convencidos de nosso erro, ou resolveremos nossas dúvidas, sem o diálogo interno?

To dizendo isso porque to tentando mudar alguns hábitos. Sempre fui meio “afobado”. To diminuindo o ritmo.
Suave...10km/h, desacelerando.

Isso porque não quero ser mais um de nossa geração.
Nossa geração, esquecida desse diálogo interno, abre mão de uma das mais ricas disciplinas cristãs: a oração meditativa; e a entrega.Sem ela, dificilmente uma experiência, uma exortação, um ensino, serão incorporados à nossa vida, como algo genuinamente nosso, pessoal.

Sei que esse papo todo é meio “Zen” e tal, mas estou convencido de que Jesus propunha encontros com nossa alma, ao nos exortar a entrar em nosso quarto e, fechada a porta, orar ao Pai que está em secreto (Mt 6:6).


Talvez esse encontro a três nos seja, a nós, seres modernos, apressados e superficiais, mais difícil e temível do que o próprio ato de perdoar

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"Desistindo?"




Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. (Jo 21, 3)

Assim, Pedro e seus amigos, sem perceber, voltam ao local onde o viram pela primeira vez, o mar de Tiberíades.


Ali estavam as coisas que eles, um dia, haviam deixado para trás.


Ali estava a "normalidade", o descanso, a realidade, o acordar de um longo sono — estaca zero.


"Vou pescar" pode ser a atitude de muita gente boa de Deus, que tá exausta.


Muitos guerreiros de primeira linha, que, por algum motivo, se ferem e se perdem na escaramuça da luta cristã.


Mas o texto mostra que não pescaram nada naquela noite.
Que maré! Nada dá certo! Uma boa pescaria, agora, seria tão bom para o ânimo, para o ego, para o recomeço. Mais... nada!


Na verdade, não há como voltar às redes.
Não somos mais os mesmos.


Nossa história não nos permite voltar a ser simples pescadores: pobres, anônimos e... felizes!
Frustrado com o insucesso, Pedro nem percebe aquele que chega na praia, para lhe confirmar os pensamentos:


"Pedro, você me ama? Então essas redes não fazem mais parte do seu mundo. Ficaram para trás.


Vem, pastoreia as minhas ovelhas".

Esperança




Definitivamente, ainda sei muito pouco sobre a graça de Deus.

E definitivamente o céu não é aqui....mesmo !

Aqui não tem galardão nem ruas de ouro. É como diz o “Batata” que trabalha aqui comigo na empresa: “É sem massagem”

To dizendo isso porque faz uns dias que terminei de ler o livro “O Enigma da Graça” do Caio. É uma narrativa no livro de Jó, vale a pena, eu recomendo.

Bom, se não engolia a pregação do "deus utilitarista da teologia da prosperidade” agora então...piorou.

O fato é que me pus a pensar em como o sofrimento em nossa vida precisa antes de tudo ser um pedagogo e não um coveiro.

E durante as aulas que o sofrimento nos dá, é bom perceber a boa mão de Deus alentando nossa alma cansada.

De fato há dores na alma, dores que nos encolhem, que doem mais do que ter a carne fustigada pela doença, como no caso do personagem do livro, Jó.

A vida do apóstolo Paulo também foi...assim...”Sem massagem”!

O cara teve uma vida superlativa, pregador incomum, teólogo incomparável, plantador de igrejas sem paralelos.

Viu coisas indescritíveis do céu. Mas foi açoitado, preso, algemado, degolado.



Tombou como mártir.

Olha só a lista :

• Foi perseguido em Damasco;


• Foi rejeitado em Jerusalém;


• Foi esquecido em Tarso;


• Foi apedrejado em Listra;


• Foi açoitado e preso em Filipos;


• Foi escorraçado de Tessalônica e Beréia;


• Foi chamado de tagarela em Atenas;


• Foi chamado de impostor em Corinto;


• Foi duramente atacado em Éfeso;


• Foi preso em Jerusalém;


• Foi acusado em Cesaréia;


• Foi vítima de naufrágio indo para Roma;


• Foi picado por uma serpente em Malta


• Foi preso e degolado em Roma.


• Ele disse para a igreja da Galácia: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gl 6:17). Ele falou de lutas por dentro e temores por fora. Ele falou de trabalhos, prisões, açoites, perigos de morte, fustigado com varas, apedrejado, naufrágio, fome, sede, nudez, preocupação com todas as igrejas.



Sem querer chover no molhado, mas o que quero dizer é que ninguém sabe as razões de nada nessa vida. Nossas melhores percepções, por mais piedosas que sejam, não passam de meras suposições.

O lance é não esquecer que nosso sofrimento não é sinal de que estamos longe de Deus.


Que bom que Ele é presente, e sempre traz “presentes” de paz aos corações aflitos.




Isso me traz esperança.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

"O começo de tudo"




Fazem uns... onze ou doze anos, não me lembro bem, sou péssimo pra datas.

Estava sentado na arquibancada do ginásio assistindo o expresso luz, de Carlinhos Veiga passar o som, e se preparar para a reunião daquela noite.

Eu, um garotão paulistano, familiarizado com as guitarras e os shows de Rock, fui sutil e irreversivelmente seduzido por aquele som bem brasileiro, que vinha daquelas violas e flautas.

Tava de boa, sozinho sentado lá, no Sesc de Guarapari no Espírito Santo, ouvindo as musicas. E sem avisos “Ele” chegou.

Surpreendeu-me, comecei a sentir meu coração derreter dentro de mim, me senti feliz sentia uma alegria que não cabia em mim, repentinamente todas minhas inadequações, opressões e legalismos sumiram.

Sentimentos muito maiores do que eu, sensações que a razão não explicava e minha alma adolescente foi anfitriã de uma festa de Deus.

Era como se eu não o conhecesse e agora “Ele” estava se apresentando a mim. Sem avisos, assim na hora.

O dia em que “eu” o conheci. O dia em que “Ele” se tornou “meu” Deus.

A noite foi espetacular. Escutei o Rev. Caio pregar uma mensagem, onde descobri o que “Ele” queria de mim.

A noite em que decidi seguir Jesus e ser parecido com Ele.

A primeira noite em que não dormi.
Pensando nele!



De lá, pra cá...muita coisa rolou!

Hoje, continuo querendo segui-lo, mas sem a obrigatoriedade de manter-me sempre coerente ou me adequar as expectativas de fariseus de plantão.

Hoje quero segui-lo sem discursos idealizados, e nem quero papagaiar conceitos de livros de teologia sistemática que nada tem a ver com os dramas humanos, inclusive os meus.

Hoje quero segui-lo sem as cobranças impiedosas dos que só desejam me usar, sem amizades pontuais e interesseiras, é assim que vou viver.

Mesmo sendo como eu sou quero segui-lo, porque apesar disso, Ele continua sendo quem Ele é. Não há méritos, só graça, e essa graça Dele é mais do que suficiente pra mim.

Hoje, tento não esquecer aquele dia.

Sei que essa aventura de segui-lo vai me consumir pela vida.

É assim que quero viver.